ESTÁ CHEGANDO GENTE NOVA
No mês de julho, a Oitava recebe uma nova família para integrar a igreja: Marcos, Sandra e Isabela. Eles já chegam com uma importante missão: evangelismo com ciganos.
O Dia Nacional do Cigano foi comemorado em junho, no dia 24, mas o presente para a comunidade cigana e para a Oitava Igreja, chega neste mês: o Missionário Marcos Dias Gomes, da Missão Amigos dos Ciganos (MACI), juntamente com sua família, a esposa Sandra e a filha Isabela, de oito anos, chegam à Oitava Igreja em julho.
O convite foi feito pelo Conselho Missionário e, a partir da chegada, a família atuará no evangelismo com o povo cigano de Belo Horizonte e da Região Metropolitana da cidade. A expectativa por parte da liderança da igreja é grande, mas não fica só desse lado. Os novos integrantes da família Oitava também aguardam confiantes, como conta Marcos: “Desde o momento em que recebemos o convite da Oitava e começamos a orar, temos visto o cuidado e as confirmações de Deus neste processo, a maneira como cada detalhe desta transição está sendo cuidadosamente tratada e o entusiasmo que percebemos por parte das pessoas envolvidas, nos confirmam o DNA missionário da igreja. Nos sentimos felizes e motivados para essa nova etapa e desafio, sabendo que contamos com o apoio da estimada igreja e das orações”.
Eles vêm de Caldas Novas, Goiás, onde estão há três anos e finalizam a plantação de uma igreja étnica cigana, e que recentemente celebrou seu primeiro batismo e a primeira Ceia do Senhor, conduzida por um missionário cigano. Mas a experiência com o grupo é vasta. Marcos está há cinco anos no preparo e no campo missionário, sua esposa, Sandra, já atua com a evangelização do povo cigano há onze anos. Ele diz que seu contato e despertamento para o campo se deu ao conhecer sua esposa. Juntos, eles aceitaram o desafio da missão integral e hoje estão em campo: “Chega um dia na vida em que o Senhor recondiciona a própria perspectiva de quem somos e da nossa missão aqui na terra, e aí tudo o que você faz começa a adquirir um novo sentido”, declara.
A primeira experiência prática foi de Sandra, em 2005, quando morava em Curitiba, e um grupo de ciganos da etnia Calon veio de Portugal para morar em seu prédio e na vizinhança. Ela se ofereceu para ensinar a Bíblia para mulheres e crianças e assim nasceu a igreja cigana que hoje está em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O líder da comunidade, que estava em fase terminal de câncer, foi curado e converteu-se, passando a autorizar os cultos semanais ministrados pela MACI.
Agora, aqui na Oitava, o trabalho da família será com a plantação de igrejas em comunidades ciganas, mobilização de igrejas e formação e capacitação de novos missionários e obreiros, como Marcos aponta: “O nosso ponto de partida será visitar os acampamentos de BH e região fazendo mapeamento e pesquisas, identificando oportunidades e necessidades e, ao mesmo tempo, mobilizar igrejas evangélicas apresentando a oportunidade de interagir com esta realidade de 60.000 ciganos no estado e menos de 1.200 convertidos ao Senhor Jesus Cristo”.
O trabalho, segundo o missionário, acontece por meio do estabelecimento de um relacionamento de confiança, respeito à cultura e às tradições dos ciganos, o que demanda tempo. Mas ele garante que o maior desafio é envolver a igreja nessa obra, já que os ciganos fazem parte dos oito segmentos menos alcançados pelo Evangelho: “Estimase uma população de mais de um milhão de ciganos no Brasil e apenas 19 missionários em tempo integral. Em Minas, estima-se 60.000 ciganos, mas apenas três missionários, sendo um em tempo parcial”, declara.
Marcos ressalta o importante trabalho que tem sido feito pela Missão Amigos dos Ciganos, presente em nove estados, mas destaca que ainda há muito a ser feito, já que nem 2% da população cigana foi alcançada: “Ainda é um tema novo para muitos, paradigmas e preconceitos precisam ser quebrados. Lutamos também contra pessoas que estão levando suas próprias doutrinas enganadoras e têm desviado a muitos ciganos do verdadeiro Caminho, muitas vezes já precisamos corrigir falsos ensinos e seus estragos, mas a obra tem avançado”, enfatiza.
“Para alcançar o povo cigano de BH e de todo o estado Mineiro, precisaremos mobilizar a Igreja sobre a necessidade da plantação de igrejas ciganas, da ativa participação prática da Igreja e por fim da mobilização do próprio cigano convertido de testemunhar das obras de Deus em sua família e em outros acampamentos”, completa o missionário.
E é para a glória de Cristo, para cumprir Seu Ide e para alcançar esse povo que a família chega com experiência e boas expectativas, contando com o apoio da Oitava e de outras igrejas que desejaram se unir ao trabalho: “É um trabalho duro, transcultural, demandanos enxergar a vida como um cigano enxerga, para poder conseguir entender suas questões mais profundas e trazer a resposta que só o Senhor Jesus pode oferecer. Exige tempo e dedicação integral e total dependência de Deus. Mas ver o alcance do Evangelho, uma vida sendo transformada por Deus e saber que fizemos parte disso é algo muito especial, um privilégio, pois todo o mérito, honras e glórias são para Deus”, conclui. Ore por Marcos, Sandra e Isabela e por este novo projeto!