“Eis-me aqui, envia-me a mim.”
As reações a esta decisão mencionada acima geralmente são paradoxais e às vezes contraditórias. Elas estão relacionadas às convicções pessoais sobre quem é Deus, o chamado de Deus, quem deve participar na elaboração da decisão, a hora, o contexto, a pessoa que diz e às pessoas que ouvem.
Muitas vezes, a reação é a de gratidão, alegria e contentamento, quando alguém afirma ter recebido e respondido de modo positivo ao chamado de Divino. Outras vezes, nem todos, num primeiro momento, aplaudem ou se alegram. Se for alguém do qual se quer distância… Há alegria e aplauso: “Vá mesmo irmão”. Se o filho da outra família? “Amém. Deus seja louvado”. Mas se for uma filha amada, um amigo ou alguém por quem se tem alguma predileção, amizade, vínculos e afetos… Qual será a reação? Susto? Choque? Tristeza? Ira? Lamentação? Incredulidade? Desgosto? Sensação de abandono?
Em quaisquer circunstâncias, seja um processo longo, em que todos participaram orando e buscando a direção para uma decisão assim, ou se aconteceu de modo repentino e até mesmo abrupto, estas reações são comuns, naturais, previsíveis e até necessárias. Afinal, sentimos a perda, a saudade, o fato que daqui uns dias não mais o filho, a filha, o amigo, a amiga, o amigo ou o líder abençoado e abençoador estará perto de nós e de modo constante.
Sempre que uma pessoa diz “Eis-me aqui, envia-me a mim”, certamente ela, a família e muitos estavam orando pelo assunto. Assim, pais, avós, tios, pastores, ovelhas e igrejas devem permanecer orando, para que o Eterno sempre envie trabalhadores para sua seara. É Jesus quem escala. Muitas vezes escalará nos lugares pedidos pelos intercessores e em outras vezes, em lugares diferentes dos mencionados nos pedidos de oração. Onde Ele, o dono da igreja, escala, quem foi chamado deve obedecer.
Cabe a nós seguir orando, para que os que obedecem sejam frutíferos no lugar em que o Senhor os designar. Sejam eles os que vão, sejam eles os que permanecem. Situações assim são caracterizadas pela palavra transição. Transições são importantes, necessárias, renovadoras e sempre ocorrem no trabalho, na família e na igreja. O modo como elaboramos as transições nos levará a melhores caminhos e tempos de bênçãos inimagináveis. É claro que ninguém elabora uma transição – qualquer que seja ela – de modo instantâneo.
Mas elaborar é necessário, pois a vida continua, a família continua, o ministério continua, e a igreja continua. Em qualquer transição o Senhor espera de nós que cada um se ofereça a Ele, e persevere em fazer o bem, e dar o seu apoio de modo ainda mais intenso à sua liderança local. Pois a igreja segue forte, esperançosa, animada, vencedora, bíblica, contemporânea, acolhedora de pessoas, presente na cidade e parceira na evangelização do mundo.