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Estudos e artigos

CONFORTO NAS TRIBULAÇÕES

No capítulo oito de Romanos, Paulo aborda o problema muito real do sofrimento e dor. Encontramos nesta passagem a descrição de  três “gemidos” distintos. O gemido da criação, o gemido dos crentes e, finalmente, o gemido do Espírito Santo. Mas a boa notícia é que todo esse gemido será transformado em glória. Paulo iniciou este assunto no capítulo cinco, assegurando aos crentes sua esperança de salvação diante do julgamento de Deus. Agora, ele volta ao início, apresentando o fato maravilhoso e a base sólida para a nossa esperança como cristãos. No versículo  17 do capítulo oito, Paulo nos lembra que precisamos compartilhar os sofrimentos de Cristo, se esperamos compartilhar sua glória. “…e com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados.”

Ele destaca dois pontos: Primeiro, a glória futura é o clímax do plano de Deus para o seu povo e para a sua criação, mas que, como ainda não atingimos esse clímax, devemos aguardá-lo ansiosamente e pacientemente (v. 18-25).

Segundo, Deus fornece o que precisamos para esperar ansiosamente e pacientemente. Especificamente, Deus fornece o Espírito para nos ajudar a orar (vs. 26-27), Deus promete supervisionar tudo para o nosso bem, de acordo com o seu plano providencial. (vs. 28-30).

Paulo não tenta esconder o fato de que os crentes sofrerão. Ele abordou esse assunto no capítulo 5.3-4: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança, a perseverança produz experiência e a experiência produz esperança.” (Rm 5.3-4)

Nós, cristãos, compartilharemos inevitavelmente a rejeição e provações que o próprio Jesus experimentou. O viver e o ensino cristão fiel sempre confronta o mundo em algum momento, e o atrito é inevitável. Mas o ponto poderoso e maravilhoso de Paulo sobre o sofrimento por Cristo é que tudo valerá a pena. Em Romanos 8.18, Paulo declarou: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós”. É quase como se Paulo estivesse segurando uma balança na mão. De um lado da balança, ele coloca todo o sofrimento que experimentou: espancado, apedrejado, naufragado, faminto, exausto, difamado e ridicularizado. A balança cai imediatamente para esse lado. Mas então, do outro lado da balança, ele coloca a glória que antecipa no futuro, e imediatamente a balança se inclina na direção oposta. Simplesmente não há comparação entre os sofrimentos e as recompensas.

Quando Paulo escreveu aos coríntios, disse-lhes: “’Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação.” (2 Co 4.17)

Portanto, nossa glória futura certamente vale tudo o que devemos suportar aqui na terra, mas ainda não estamos lá. Estamos indo para o céu e sabemos que nossa recompensa nos aguarda lá, mesmo nos encontrando aqui.

Pr. Roberto Santos · Pastor Auxiliar