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Pr. Jeremias

Aprendendo a perdoar

“Perdoar: o dom que Deus lhe dá para distribuir.” – Mauro Nascimento

“… e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.” (Mateus 6.13)

“E agora? Perdoar ou vingar? Perdoar ou continuar murmurando? Perdoar ou continuar escravo de quem lhe ofendeu? Perdoar ou deixar como está para ver como fica? Perdoar ou seguir machucado na estrada da vida? Vou conseguir perdoar a mim mesmo?” Quem nunca enfrentou essas perguntas, hein?! Porque temos que enfrentá-las?

Todos sofremos ofensas, decepções e somos feridos. As ofensas são inevitáveis, imprevisíveis e muitas vezes deixam suas grandes marcas em nossa memória e emoções. Geralmente, são as pessoas a quem amamos, as que vivem mais perto e as que admiramos ou têm alguma posição de autoridade que conseguem nos ferir com suas ações, palavras, olhares, gestos e desconsideração.

Há situações em que é difícil perdoar uma pessoa. Há circunstâncias em que não conseguimos liberar o perdão. Todos teremos dificuldades em perdoar se nossa mente não compreender a importância do perdão de Deus em nossas vidas e a bênção do perdão para a saúde física, emocional e espiritual. Além do mais, a falta de prática em perdoar aumenta essa dificuldade.

Como posso me tornar um perdoador?

Valorizar a extensão do perdão de Deus. Deus perdoou os meus pecados e me perdoa porque Cristo pagou o preço dos meus pecados na cruz. Todos os meus pecados presentes, passados e futuros. Quando tomo consciência do quanto meu pecado ofende ao Deus Santo, fico encantado com o perdão divino. “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.” (Romanos 5.6)

Lembrar que o perdão é o resultado de um custoso esforço. O perdão não é apenas um sentimento. Assim como o amor, o perdão é uma decisão. Perdoamos porque conhecemos a importância e o valor do perdão de Deus. “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrém. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também, perdoai vós.” (Colossenses 3.13)

Conscientizar-se que aquele que não perdoa se torna escravo do ofensor. Quando amamos… sacrificamos, cuidamos, encantamos o objeto do nosso amor. Quando perdoamos, somos nós os mais beneficiados. Somos livres para entrar e sair, ouvir nomes e visitar lugares, abraçar e sorrir, dançar e cantar.

Saber que, quando perdoamos, estamos reconhecendo a ação soberana de Deus em nossas vidas. Afirma Charles Swindoll: “Tudo que me acontece, passa primeiro nas mãos do meu Pai celestial”. Inclusive ofensas, decepções e até mesmo injustiças.

Compreender o erro da vingança. Nossa justiça é limitada pelo nosso egoísmo e humanidade. Só Deus é perfeito. Muitas vezes, na nossa vingança, queremos dar 40 chicotadas na pessoa e ela só merece sete. Outras vezes, damos sete chicotadas mas Deus sabe que a medida certa para aquele fulano é 70. Erramos, pois, nos dois casos. Por isso, a Bíblia diz: “Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira divina; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Romanos 12.18-21)

(Texto publicado no boletim do dia 19 de maio de 2002.)

Pr. Jeremias Pereira

Pastor Titular