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Chegamos ao fim de 2018. Olhamos para trás com saudades, coração perdoador e gratidão.

Foto: Larissa Neiva

Saudades. Há muitas saudades: daquilo de bom que passamos, participamos e fomos agentes diretos ou indiretos. Alegrias indescritíveis. Cultos inspiradores. Jornadas altissonantes. Saudades dos bons tempos, de pessoas, lugares, oportunidades e circunstâncias boas que não conseguimos aproveitar. Saudades provocadas pelas perdas dos que se foram, dos que mudaram e dos que não estão mais entre nós. Saudades que doem, fazem parte de um mundo sem palavras e descrições. Há um mundo de saudades cheio de sentimentos, emoções contraditórias, memórias, imagens e cenas, às vezes, pequeninas e, não poucas vezes, abrangentes demais. Saudades que dão suspiros, novas lágrimas e orações por consolações. Sabemos que temos um Grande Pastor, Jesus Cristo, que, nos vales escuros da vida, nos protege e nos dirige. (Salmo 23.4).

Coração perdoador. Ao fazer o balanço do ano, constatamos o quanto o Senhor investiu em nossas vidas. Também nos deparamos com os que nos abençoaram de múltiplas maneiras e os que nos feriram, difamaram, prejudicaram ou esqueceram-se de nós. Ao olhar nosso próprio coração, também encontramo-nos, vez por outra, assim com alguém ou até com o próprio Senhor Deus. Quando olhamos o grande propósito da vida – que é viver para a glória de Cristo – se verdadeiramente honestos diante do espelho da Palavra de Deus, temos que admitir que vivenciamos dias de vaidade, soberba e orgulho. Importante fechar o ano confessando nossos pecados, perdoando os que nos ofenderam, pedindo perdão das ofensas que fizemos a Deus e ao próximo e perdoando a nós mesmos, nossos familiares, irmãos e patrícios. (Mt 6.12 e Cl 3.13).

Gratidão. Recebemos bênçãos com medida e sem medida. É impossível contar bênçãos. O generoso Deus derramou com fartura sobre nossas vidas, famílias, ministério, igreja e nação. Agradecemos os sofrimentos, eles também são bênçãos. Cremos no Deus da providência. Tudo passa primeiro em suas mãos. As conquistas, o sucesso, o sofrimento, os inesperados, os incontroláveis que geraram dor ou riso… Em tudo Deus trabalha para o bem daqueles que o amam. Recebemos por graça a salvação, perseveramos na fé, andamos com ele em meio às dores, contabilizamos sucesso financeiro, perdas variadas, sonhos realizados, vitória sobre enfermidades, calmaria em tempestades múltiplas, avanços missionários, saboreamos boas refeições, perdoamos e fomos perdoados, multiplicamos nossa boa influência, também perturbamos aqui e acolá… Sofremos muitas coisas que ainda não sabemos os porquês. Recebemos as vitórias das Divinas Mãos e também não entendemos o porquê, pois nada merecemos. O que podemos afirmar é que o soberano e amoroso Deus segue escrevendo a história da salvação usando nossa frágil vida, nossa pequena e nem sempre espiritual família e nossa amada igreja cheia de paradoxos. “Em tudo dai graças” (I Ts 5.18).

Olhemos 2018 com brado de alegria: Ebenézer!

Pr. Jeremias Pereira ∙ Pastor Titular