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ACONTECEU NA HOLANDA

Já se imaginou em um culto ao Senhor, celebrado ininterruptamente durante 96 dias? Foi o que ocorreu em Haia, na Holanda, entre 25 de outubro de 2018 e 30 de janeiro de 2019. A cerimônia, realizada na igreja protestante de nome Bethel, recebeu cerca de 650 ministros, entre pastores, sacerdotes e diáconos, que se revezaram na condução da liturgia. Cristãos e não-cristãos ocuparam as dependências da capela, dia e noite. Mas, o que motivou a realização do evento?

A família Tamrazyan, de origem armena, se abrigou na igreja, pois sofria ameaça de deportação por parte do governo holandês. Pai, mãe e três filhos, de 21, 19 e 15 anos, vivem nos países baixos há nove anos, alegando perseguição política na Armênia, o que representaria graves riscos à família em caso de deportação. E para impedir a polícia de entrar na igreja para apanhar os armênios, os responsáveis pela capela lançaram mão de uma lei – prevista na Constituição holandesa – que proíbe guardas de realizarem buscas em templos enquanto serviços religiosos estiverem em andamento.

A iniciativa, que contou com a colaboração de religiosos de outros países europeus, deu certo. O governo holandês anunciou no fim de janeiro um acordo político, por meio do qual vai rever as demandas de asilo negadas a cerca de 700 crianças que lá cresceram, o que impede a deportação dos Tamrazyan. Em comunicado, a igreja Bethel agradeceu o apoio recebido e declarou: “Há um sentimento na sociedade de que [as leis de asilo] devem ser aplicadas com mais humanidade”.