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5 propósitos para a vida | CPL 2020

O CPL Jovem, uma novidade do Congresso de Pastores e Líderes 2020, foi encerrado com a palavra do Pr. Jeremias Pereira, na noite de sábado, 10/10. Ele pregou sobre o texto de 2 Reis 5.1-19. Leia abaixo o resumo da mensagem: 

“Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra” (2 Rs 5.3). Uma jovem anônima disse apenas 18 palavras. Ela não falou mais nada. Não sabemos o nome, a idade, o pai ou a mãe. 18 palavras que revolucionaram e impactaram uma nação, a partir de um anônimo. Deus levanta anônimos para impactar uma nação. 

A história é boa: A Síria era um país maior; Israel, ali pertinho. Havia um acordo entre o rei da Síria e o rei de Israel para que ele tivesse consideração. Mesmo assim, o rei de Israel, covardemente, fazia vista grossa, porque, esporadicamente, a Síria invadia a divisa com Israel, sequestrava jovens, roubava as plantações, levava jovens como escravos. O rei de Israel não falava nada. Por isso, a menina foi parar na casa de Naamã. Foi vendida no mercado de escravos da Síria. Naamã achou que seria uma boa companhia para a esposa, comprou a menina e levou para casa. 

Naamã era um general famoso, mas a Bíblia diz: ele era herói da guerra, porém, leproso. Todo mundo tem um defeito. Todo mundo fede em algum lugar, inclusive você. Todo mundo aqui tem um defeito, toda igreja tem um porém, toda família tem um porém, todo mundo falta alguma coisa, desde que o pecado entrou no mundo, em Gênesis 3. 

Alguns historiadores divergem, porque, na Síria, esse tipo de lepra era tolerado para viver dentro de casa. Em Israel, o leproso vivia fora. Ele contaminava todo mundo e deixava tudo imundo.

O desespero nessa família era grande! Então, uma escrava chega em casa, vê a situação, vê o estresse, vê o desespero. Porque, você sabe, toda diarista sabe que a sua família não é aquele negócio legal todo não. A menina vê aquela situação, aquele estresse dentro de casa, aquela dor, aquela tristeza. Do lado de fora, nas páginas dos jornais da Síria e na internet da Síria, tudo era ótimo. Dentro de casa, podre, não tinha vida conjugal, não tinha alegria, não tinha nada, tudo acabado, só tristeza. E a menina diz uma palavra para sua dona: “olha, tem um profeta em Israel, se ele for lá, ficará bom”.

Anônimos na Bíblia são brutais. Aliás, a igreja só anda por causa dos anônimos. Nós falamos o nome de alguns, mas são centenas que trabalharam. É muita gente, crente e não crente. Diáconos, Ancore, Ministério de Integração, pessoal da limpeza… Gente que você vê e não sabe quem é. Sem estes, nada anda. 

A cabeça de Naamã não era sair para ir a Israel atrás do profeta, ele vai atrás do rei, e o rei manda uma notícia para o rei de Israel. A política é importante, mas é graça comum, não são os poderosos deste mundo que resolvem a vida, não são os poderosos deste século que resolvem as situações, embora eles precisem conversar. 

Então, o rei de Israel escreveu uma carta desaforada, chamou os conselheiros e falou que ele queria confusão: “ele sabe que eu não resolvo isso”. Não sei como isso chegou a Eliseu, alguém comentou com alguém que Naamã estava desesperado: “O senhor precisa ver a situação que está lá, é gravíssima”. E não é que o Eliseu mandou um recado dizendo para ele ir até lá?

Naamã era o comandante do exército do rei da Síria. Os melhores cavalos estavam na Síria, os melhores homens de guerra estavam na Síria. Ele era o general e a sua guarda era a melhor. Se o Presidente da República falasse que vinha para o encerramento do CPL, como você acha que estaria aqui? Como você acha que estaria nesta região? Foi o que aconteceu na rua de Eliseu. 

Naamã chegou com seus carros e seus cavaleiros. O pessoal estava todo do lado de fora, olhando o que ia acontecer. Ele, leproso, vem dentro de um carro, um dos mais chiques da Síria. Chegou lá, o Eliseu não saiu, mandou um seminarista. E o seminarista bocudo chegou para Naamã e disse: “Ele mandou falar: ‘Vá tomar banho, sete banhos’”. Naamã ficou bravo. 

Quem destrói você é a sua imaginação equivocada! Naamã foi de carro pensando que iria ser o dia, que ia ter um folclore. Ele disse que já havia entrado nas águas dos rios de Damasco várias vezes e não estava curado, mas o negócio não é a água, é a obediência à Palavra de Deus. Obedecer o que Deus diz, é isso que resolve sua vida!

Os homens de Naamã falaram com ele que, se já estava lá, que entrasse na água, não ia custar nada e, se desse certo, bem. Mas ninguém entra na água com a roupa de general. Ele tinha que tirar a roupa, tinha que ficar nu, tinha que perceber que ele era uma ferida viva. Seus comandados percebem que, por trás daquela coragem toda, havia um ser humano quebrado, ferido, doente, pobre, cego, miserável, que precisava desesperadamente da bondade de Deus. 

Ele entrou seis vezes na água e saiu ainda com a lepra. Mas na sétima vez, ele começou a reconhecer que não tinha direito, que era a sétima vez e que a palavra do profeta era verdadeira. Então, ele desceu leproso e saiu limpo como uma criança. 

Agora ele voltou limpo de tudo! E, então, Eliseu saiu para recebê-lo. Deus nunca aceita os soberbos, Deus só aceita os quebrantados, os humildes, aqueles que dizem “preciso de Ti, Senhor”. 

Quando Naamã chegou, quebrantado, humilde, disse que queria dar uma oferta, reconheceu que Deus verdadeiro só tem um: o que fez essa terra, o Deus de Israel. Disse que nunca mais iria seguir outro deus, mas que teria que fazer seus serviços na Síria, como o rei se ajoelharia e ele não? Então, falou que, quando ajoelhasse, não estaria lá por aquelas coisas não. E o Eliseu disse: “Fica na paz”. 

Quando meditei na história dessa menina, resolvi escrever um propósito para minha vida enquanto eu vivesse: Eu quero ser uma pessoa sem amargura, cheia de fé, cheia de compaixão, doadora e missionária. 

Sem amargura. A Bíblia diz que a boca fala do que está cheio o coração. Essa menina foi levada cativa, saiu de perto de seus pais, estava no meio de um povo estranho, idólatra. Estava impura cerimonialmente, não tinha família, não tinha ninguém. E no seu coração poderia levantar aquelas perguntas de quando a gente encontra situações tensas, em que o pai não abraçou, criticou, em que as pessoas abandonaram: “O rei de Israel não protege a nação, meu pai não conseguiu proteger sua família, cadê o Deus de Israel?”. 

Há corações de jovens amargurados, gente que não conseguiu o que gostaria na vida e vive comparando sua vida com a vida dos outros. Na verdade, a amargura revela que você precisa nascer de novo, que você precisa de um novo coração, porque amargura revela orgulho. 

Essa menina não tinha nada disso, ela tinha uma informação preciosa. Ela viu a situação dessa família. Se ela estivesse amargurada, ia conversar sozinha igual você faz. As redes sociais estão cheias de jovens falando isso: “que se lasque”. Mas a jovem não tinha amargura contra ninguém, contra a vida. Teve paz para olhar aquela família e tratá-la com doçura. 

Quando seu coração está amargurado, você não trata ninguém com doçura, você vira vítima de tudo. Sua vida é falar do que não deu certo, é choramingar, é usar sua plataforma para ferir todo mundo. Mas você precisa sarar, ter um novo coração. Você precisa falar com Deus: “Quero deixar de ser filho de crente, amigo de crente, quero nascer de novo, Deus”. E você só faz essa oração quando Deus toca no seu coração. 

Você não pediu para nascer e já conversou fiado sobre isso, já brigou com sua mãe, com seu pai, disse que não pediu para nascer, e é isso mesmo: Você não pediu e veio, sabe por quê? Porque Deus disse: “vem”, senão você teria sido um aborto. Deus disse: “vem”, você deveria celebrar. 

Ninguém pode amargurar sua alma a não ser que você queira se amargurar. Não é que a vida não vai sorrir, a parada não vai tocar, não é que os caras não vão levantar para bater em você… O pau vai cantar na sua cabeça, você vai ter perdas que não queria, como choramos os milhões que morreram no mundo. Tem muita coisa que poderia tornar sua alma azeda, mas olhe para esta menina. 

Cheia de fé. Apesar da escravidão, apesar do sequestro, apesar de viver com aquela família na lepra, ela disse: “Há um profeta em Israel”. Ela não brigou com Deus, não ficou de mal com Deus, ela não disse: “Que Deus que nada”.

Você pode não entender a sua circunstância. Você vai viver com perguntas sem respostas e isso não deveria fazer você duvidar do amor de Deus. Ela era cheia de fé: “Há Deus em Israel”. Naamã poderia ter perguntado para ela: “Por que ele não te tira do cativeiro?”. Mas a cura dele é outra questão. Se você não souber conversar, você mistura os assuntos. 

Você parou de orar, né? Parou de clamar a Deus, parou de buscar o Senhor, acha que Deus não faz. Você precisa renovar a fé, precisa ouvir de novo a Palavra. Toda vez que você fracassa na fé é porque você parou de ler sua Bíblia, parou de vir ao culto, só está conversando com quem conversa fiado. Grupos de WhatsApp que são só encrenca, você precisa sair deles. Só te perturbam e você continua. Converse com gente que tem experiência de fé. Pegue essas histórias da Bíblia de milagres, não tem jeito de ler isso sem dizer amém.

Cheia de compaixão. Que coração é esse? Ela não pôde ver essa família sofrer e chorar tanto. Do lado de fora estava tudo bem, mas do lado de dentro não estava. Do lado de dentro precisava de afeto, abraço, doçura, precisava de mel. A compaixão nos faz ter novos olhos. 

A igreja endureceu demais porque não prega o Evangelho, porque não testemunha do Senhor, porque não chora pela família, não tem mais lágrimas no coração dos jovens para que seus amigos e amigas se convertam. Jesus, vendo as multidões, se compadeceu. 

Clame ao Senhor para enviar gente para as universidades, reitores para as universidades, políticos para leis sérias, médicos que são grandes cirurgiões. Que ele envie engenheiros, diaristas, que envie quem faz bolo, pastores, missionários, que envie para o Reino. Que envie artistas, grafiteiros, roteiristas para filmes, diretores de cinema, que envie trabalhadores! Ou você acha que missão é só o missionário de carteirinha? 

Uma pessoa cheia de compaixão não pode esconder essa informação: o caminho é Jesus, a estrada é a cruz, é lá que você tem que se ajoelhar, é lá que você chega. Ela está vazia porque ele foi morto pelos seus pecados, mas ressuscitou e está vivo! Clame e ele te ouvirá!

Doadora. Essa mulher deu uma informação que valia 500 quilos de prata, 72 quilos de ouro, e aquelas roupas de festa de antigamente que só os granfinos tinham. Essa mulher deu isso gratuitamente. Toda vez que eu penso que Naamã estava disposto a pagar tudo isso, Deus fala comigo sobre dinheiro, sobre não ter o coração avarento, sobre não ter avareza de tempo. 

Quero ter as mãos como as de Deus, “porque ele amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito”. Porque ele te amou, deu a Oitava Igreja, te deu pai, não importa se ele é bacana ou não, só dele ter te gerado, já é o suficiente.

Missionária. Porque o que essa mulher fez… Naamã voltou para a Síria curado, pôde testemunhar que o Deus de Israel o curou e que nunca mais iria se ajoelhar diante de outro deus. E isso foi notícia na Síria inteira, por causa de uma anônima apaixonada pelo Eterno.  

O congresso foi encerrado com orações por conversões e clamor para que haja cada uma dessas cinco características na vida do povo de Deus. Seguimos orando para que, em 2021, o CPL seja presencial. Mas estamos gratos por tudo que o Senhor fez em nossa vida neste tempo! Como sua vida foi impactada? O que mais te ensinou nesta edição? Envie seu testemunho para: comunicacao@oitavaigreja.org.br. 

Assista ao vídeo da mensagem: