Servos de um Deus Generoso
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
Não há nada de belo na servidão. É mais do que justo celebrarmos a abolição da escravatura no Brasil, através da assinatura da Lei Áurea, em 1888, ainda que seja uma ilusão acharmos que com ela toda forma de servidão foi extinguida. O servo – termo bíblico usualmente usado para escravo – é caracterizado muito além de o fato de estar preso por correntes ou forçado a trabalhar em condições sub-humanas.
Apesar de até hoje ainda nos depararmos com condições de trabalho equiparadas à antiga escravidão (até mesmo no Brasil!), há um outro tipo de servidão a que estamos todos (todos, mesmo!!!) sujeitos. A servidão espiritual.
Um dos brados revolucionários da pregação dos primeiros cristãos era: “Jesus é Senhor!” Mais que uma afirmação teológica, esta também era uma declaração política, pois, debaixo do poderoso Império Romano, todos sabiam que só poderia haver um Senhor: César, o imperador. O fato de Jesus ser declarado Senhor em todo o Império não deixava espaço para outro senhor, o que certamente provocou os romanos à ira.
Apesar desse cunho político, o fato de Jesus ser Senhor vai muito além do plano físico. Filipenses 2:9-11 diz que chegará um dia em que todo joelho se dobrará diante de Jesus, tanto na terra como nas regiões celestiais. Ele, mesmo, falando sobre o amor ao dinheiro, disse ser impossível servir a dois senhores (Mateus 6:24). Paulo, em sua carta aos Colossenses, deixa bem claro que, espiritualmente, há apenas dois reinos: o império das trevas e o Reino do Filho de Deus (Col 1:13).
Em nossa vida espiritual – com evidentes desdobramentos em todas as demais áreas – temos que escolher que Senhor vamos servir. Não existe algo como a autonomia espiritual. Se você não serve a Jesus Cristo, está debaixo do domínio do outro império. Mas, se assumiu Jesus como Senhor (e Salvador), não há decisão mais acertada, pois como mencionou Paulo, este Reino é baseado em amor.
E este amor de Deus é expresso em extrema generosidade. Como servos, experimentamos um derramar de bênçãos que só quem goza da presença de Deus através do Espírito Santo pode aproveitar. Vejamos:
Deus é generoso em paz: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.” (Fp 4:7).
Deus é generoso na proteção: “Todavia, o Senhor é fiel; Ele vos confirmará e guardará do Maligno.” (2 Ts 3:3).
Deus é generoso na misericórdia: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,” (1 Pe 1:3).
Deus é generoso em graça: “Transbordou, porém, a graça de nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo Jesus.” (1 Tm 1:14).
Deus é generoso em amor: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).
Com certeza, esta é uma lista resumida, se é que é possível quantificar a generosidade de Deus. Servi-lo é servir o Senhor do Universo, do tempo e do destino. E se é impossível servir a dois senhores, escolha desde já servir ao único e verdadeiro SENHOR.
Pr. Luís Fernanda Nacif Rocha | prluis@oitavaigreja.com.br