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160 ANOS DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9)

Foto: Internet

Era 12 de agosto de 1859, quando o Reverendo americano, Ashbel Green Simonton, desembarcou em solo brasileiro para dar início à Igreja Presbiteriana do Brasil. A viagem aconteceu apenas dois meses após a sua ordenação pastoral. Simonton queria ser professor ou advogado, mas um reavivamento no ano de 1855 o fez despertar para sua profissão de fé. Pouco tempo depois, ingressou no Seminário de Princeton, para a preparação para o Sagrado Ministério.

Ele era um jovem missionário, de apenas 26 anos, quando selecionou o Brasil como um campo pretendido para seu ministério, após conhecer o trabalho da Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos. O testemunho pessoal de um homem, sua história de despertamento missionário e investimento na evangelização em um local distante de sua pátria, foram algumas das formas usadas por Deus para iniciar um movimento que hoje impacta milhões de vidas.

CONTEXTO HISTÓRICO

O missionário chegou ao Rio no intuito de divulgar a fé reformada, como uma terceira tentativa de disseminar o protestantismo nas terras brasileiras. É que em duas oportunidades anteriores, expedições francesas e holandesas, respectivamente, não tiveram sucesso. A primeira, com os franceses, teve como fruto o primeiro culto protestante no Brasil e a Confissão de Fé de Guanabara. Já com os holandeses, em Pernambuco, houve até mesmo a criação de igrejas protestantes, mas com a “devolução” do nordeste à Portugal, país católico, a iniciativa perdeu força.

Em um cenário de domínio da Coroa Portuguesa e, portanto, da Igreja Católica, os missionários protestantes tinham como desafio, também, o sincretismo religioso já instaurado no país, uma vez que a fé católica romana, por muitos, era combinada com as religiões de matriz africana e com as crenças dos nativos.

Sua família tinha uma ligação com o país. Um de seus irmãos, James Snodgrass Simonton, morou aqui por três anos e foi professor na cidade de Vassouras, no estado do Rio de Janeiro. Uma irmã, Elizabeth Wiggins Simonton, casou-se com o Rev. Alexander Latimer Blackfor e acompanhou seu marido rumo ao Brasil.

O COMEÇO DE TUDO

Seu trabalho, apesar de breve (ele faleceu precocemente, apenas oito anos após sua chegada ao Brasil, aos 34 anos), rendeu frutos importantíssimos para o presbiterianismo brasileiro: ele fundou, em 1862, a primeira Igreja Presbiteriana do Brasil, no Rio de Janeiro, que hoje é a Catedral Presbiteriana da cidade; o primeiro jornal protestante do país, o “Imprensa Evangélica”, em 1864; o primeiro presbitério, em 1865; o primeiro seminário teológico, em 1867; a Igreja Presbiteriana em São Paulo e em Brotas; e também deu início aos trabalhos da Escola Bíblica Dominical.

A partir daí, a igreja caminhou em desenvolvimento, contando com a primeira ordenação protestante no Brasil, em 1865, do ex-padre José Manoel da Conceição. O presbiterianismo começou a se espalhar e chegou em outros estados, como Minas Gerais, a partir, principalmente, do interior, também fruto do trabalho do Rev. José Manoel da Conceição. Com o apoio de missionários da igreja presbiteriana dos Estados Unidos, a denominação alcançou outras regiões do país, como o norte e o nordeste.

Supremo Concílio em 1950, em Caratinga/MG.

HOJE EM DIA

Tendo sempre como base as Sagradas Escrituras, e inspirados pelos principais reformadores, a IPB desenvolve um importante trabalho no ensino da Palavra de Deus, a partir das Escolas Bíblicas e seminários teológicos; investe em evangelismo e missões, por meio da APTM, a Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, da JMN, a Junta de Missões Nacionais, e da APECOM, a Agência Presbiteriana de Evangelização e Comunicação; tem um instituto de educação, o Mackenzie, participando da formação de profissionais em diversas áreas, da educação infantil ao doutorado; conta com uma editora, a Cultura Cristã; está presente na TV, por meio dos programas Cada Dia; além de milhares de outras frentes de trabalho em todas as igrejas do país, que atendem às necessidades dos membros e não membros das igrejas, de todas as idades e realidades sociais.

Mesmo diante dos desafios da contemporaneidade, há 160 anos, a IPB segue fundamentada e guardada, pela graça de Deus, em seus princípios-chave: a Bíblia, a Confissão de Fé de Westminster, o Catecismo Maior de Westminster e o Breve Catecismo de Westminster. Tudo para que o nome de Cristo seja conhecido e glorificado, até a sua volta.

Parabéns, IPB!

ORGANOGRAMA DA IPB

Supremo Concílio → Sínodos → Presbitérios → Conselhos

Os Conselhos das igrejas são formados por Pastores (eleitos pela congregação ou indicados pelo Presbitério) e Presbíteros (eleitos pela congregação). Cada igreja conta também com Diáconos eleitos pelo voto dos membros e com Sociedades Internas ou Ministérios.

ESTATÍSTICAS DA IPB

  • 86 sínodos
  • 356 presbitérios
  • 4003 igrejas e congregações
  • 4581 pastores
  • 649.510 membros

Fonte: Executiva IPB